sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011!

Como não poderia deixar de ser, lá vou eu conhecer uma das atrações mais famosas do planeta: o Réveillon de Copacabana. E prometo trazer na bagagem uma videoreportagem mostrando tudo o que acontece nas areias da charmosa praia carioca.

Enquanto isso, para fechar o ano com chave de ouro, publico as fotos que a leitora portuguesa Maria José tirou pelas ruas de Braga, em Portugal. Assim como aqui, nossos compatriotas também sabem embelezar a cidade na época dos festejos natalinos.

Nos prédios, as luzes dão graça à arquitetura de construções erguidas no século XVIII. Com esse clima nostálgico, que nos remete à inesquecível época em que somos crianças e o Papai Noel vem nos visitar, desejo a todos um Feliz 2011.









terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Um dia em Tiradentes

Finalmente fui conhecer Tiradentes, em Minas Gerais - próxima parada da série Um dia em... A cidade histórica fica a 200 Km de Belo Horizonte e reserva encantos e surpresas de um lugar cercado por belezas naturais e contruções históricas. Depois desse aperitivo, o plano de conhecer todos os 20 municípios da Trilha dos Inconfidentes deve ser concretizado em 2011. Enquanto isso, veja um pouco do que Tiradentes pode reservar em algumas horas de caminhada por lá.



Quem quiser se aventurar por lugarejos mineiros pode incluir no roteiro as cidades da Trilha dos Inconfidentes:


Alfredo Vasconcelos
Antônio Carlos
Barbacena
Barroso
Carrancas
Conceição da Barra de Minas
Coronel Xavier Chaves
Dores de Campo
Entre Rios de Minas
Ibituruna
Lagoa Dourada
Madre de Deus de Minas
Nazareno
Piedade do Rio Grande
Prados
Resende Costa
Santa Cruz de Minas
São João del-Rei
São Tiago
Tiradentes

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um dia na Trilha dos Inconfidentes

Aproveitei a semana do Natal para dar um pulinho em Minas e matar as saudades das comidas, das histórias e dos bons ares que sopram por lá. Em um dia ensolarado de começo de verão, coloquei os pés na estrada para conhecer uma região que merece a fama que tem. Consegui passar boas horas em São João del-Rei, Ritápolis e Tiradentes, claro. Ainda faltaram Prados, Bichinho e Resende Costa, das quais ouvi falar muitíssimo bem.

O dia começa na primeira, onde consegui caminhar pelo centro por uma horinha. Vi a estação de trem e já planejei Um dia em... mostrando o tão esperado passeio na Maria Fumaça, que nos leva até Tiradentes. Descobri que o trem parte às sextas, sábados, domingos e feriados e já incluí o roteiro na agenda do próximo ano.


Também passei pela Prefeitura, pelo
Teatro Municipal e agendei participar do tour noturno que nos transporta para outros tempos, enquanto o guia narra lendas de Minas de Gerais. Esse eu também não posso perder da próxima vez que estiver na cidade.





No centro, outra curiosidade: o Jornal do Poste, fundado em 1958, já virou patrimônio histórico e pitoresco da cidade.


Ah, e não poderia faltar uma igreja. Esta homenageia Nossa Senhora do Carmo e começou a ser construída em 1733. Viu sua torre arder em chamas no século XIX e em 1894 já estava reconstruída para embelezar as alturas de São João del-Rei.



Hora da bóia

Para o almoço, topei sem pestanejar a dica de uma amiga. Conheceria um restaurante perdido no meio do nada e teria a certeza de que há lugares que escondem preciosidades. O próximo destino seria Ritápolis, a 19 Km dali. Há alguns séculos atrás, no ano de 1746, Tiradentes nascia na Fazenda do Pombal, nesse ponto perdido no mapa.
Hoje, lá está o restaurante Saliya, especializado em cozinha árabe. No comando das panelas, o chef André orgulha-se de ter sido reconhecido pela edição do Guia Quatro Rodas de 2011. E a menção é certeira. A cidade onde parece que o tempo parou guarda um cantinho aconchegante, com comida deliciosa. Testei, aprovei e já coloquei na lista de lugares a serem visitados na próxima viagem, com direito a videorreportagem e tudo o mais.


Logo em frente, a igreja Matriz de Santa Rita de Cássia merece ganhar casamentos e festa de celebração matrimonial. Singela, abriga o clima do interior de Minas que povoa o imaginário popular. Lá dentro, algumas senhoras fazem sua novena rodeadas de paz.



É Natal

Dispensando a siesta e seguindo em frente, chegamos em Tiradentes. Igualmente encantadora, como não poderia deixar de ser, ganhou videorreportagem que será publicada na segunda-feira, após os festejos natalinos.

Aliás, está quase na hora de brindar a noite do Papai Noel. E eu aqui terminando de ajeitar as fotos e ouvindo mil fogos-de-artifício explodirem no céu avermelhado de São Paulo... Feliz Natal!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Fazendo arte

Dessa vez, na segunda reportagem da série Personalidades, decidi publicar a matéria que escrevi sobre o artesão Roberto Ribeiro. Minha câmera ainda não teve a oportunidade de acompanhar o seu trabalho. Por isso, preferi usar as palavras na tentativa de traduzir o seu talento.


“Arte Solidária” ensina técnicas artesanais para jovens em São Paulo e interior

O artesão Roberto Ribeiro, professor do projeto em Potim, fala sobre a importância da valorização do artesanato

Potim é um ponto perdido no mapa. Assim como Miracatu. A primeira fica a 10 Km de Guaratinguetá (SP), terra de Frei Galvão. Já a segunda é considerada o portal do Vale do Ribeira e está a 137 Km da capital paulista. Em comum, as duas cidades ganharam o projeto Arte Solidária, que oferece aulas de artesanato e empreendedorismo e capacita os jovens para o mercado de trabalho.

A iniciativa nasceu da parceria entre a ACLI (Associazioni Cristiane Lavo-ratori Italiani) e o Instituto Nacional Cidadania e Trabalho. A primeira tem origem italiana, existe há mais de 60
anos e trabalha para fomentar o reconhecimento dos direitos de cidadania. A segunda, uma organização privada sem fins lucrativos, busca criar oportunidades para setores marginais da sociedade. Ou seja, ambas se propõem a ajudar os jovens a terem um futuro profissional mais promissor.

No Arte Solidária da capital, os alunos aprendem a trabalhar com jóias, filtro de café e esculturas em papel. Em Miracatu, têm aulas de artesanato com fibra de bananeira. E no município de Potim conhecem o trabalho com fibra de taboa, uma planta que vive em águas rasas e atinge três metros de altura.

Potim

A cidade tem 19 mil habitantes e poucos afazeres. A economia básica da população consiste na agricultura de subsistência e criação de animais. Além disso, pequenas empresas produzem material usado na vizinha Aparecida do Norte. São imagens de santos e penduricalhos vendidos nas lojas que aproveitam o movimento em torno do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Para sobreviver e garantir outro meio de ganhar a vida, Potim participa do Arte Solidária desde maio. É lá que o artesão Roberto Ribeiro, professor do curso, abre caminho para os jovens descobrirem as belezas que a espiga de taboa pode produzir. E faz a sua parte na divulgação de uma cultura que não deveria ser esquecida: o aprendizado passado de pai para filho.

Trabalho de formiguinha

Quando criança, Roberto aprendeu com a mãe a arte do que hoje é sua profissão. “Toda a família faz artesanato para sobreviver, desde as minhas avós”, conta.“Estamos na quarta geração de artesãos”.

No começo, vendiam seus produtos para pessoas conhecidas. Agora, comercializam as peças em lojas de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Entre os clientes estão a Tok & Stok e a ONG Orientavida. Mas quem quer conhecer o seu trabalho pode encontrá-lo no Mercado Municipal de Guaratinguetá.

Tanto sucesso não veio por acaso. “Nosso país descobriu que o artesanato, que é ótima fonte de renda e deixou de ser um subproduto para aparecer nas revistas de decoração e ambientes sofisticados”. Para acompanhar o progresso do novo objeto de desejo, Roberto diz que é preciso muito estudo sobre as mudanças de comportamento. “Só assim conseguimos produzir peças bonitas para satisfazer os clientes que buscam o melhor”, aconselha.

Peças produzidas no curso Arte Solidária, em Potim



Vida longa ao artesanato

As instituições públicas são fontes importantes de apoio ao trabalho artesanal. Desde 1975, o governo paulista mantém a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), uma autarquia que coordena o Programa do Artesanato Brasileiro no Estado, auxilia na comercialização das peças e emite a Carteira de Identificação do Artesão, credenciando e legitimando a profissão. Roberto faz questão de mencionar também o SEBRAE, que “está sempre presente, dando novas oportunidades”, e a Casa do Artesão. “Vejo uma em quase todos os lugares”, alegra-se.

Mas será que essa ampla divulgação pode causar certa globalização do artesanato? Para Roberto, isso deve ser evitado. “O ideal é manter a tradição nas pequenas cidades para, então, levar isso para os grandes centros”, diz. Ele cita o Revelando São Paulo, que chegou à sua 14ª edição nesse ano, como um exemplo de que é possível estabelecer um processo de valorização do regionalismo. O evento, realizado pela Prefeitura e pela Secretaria de Cultura de São Paulo, divulga a cultura tradicional do interior. Segundo Roberto, manter as raízes é fundamental. “O artesão deve ficar onde tenha matéria-prima e espaço para levar a tradição adiante”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Acessibilidade no Parque da Independência (SP)

No domingo, 12, levamos a Juliana para ver o show do Jota Quest e aproveitamos para testar a acessibilidade do Parque da Independência, em São Paulo.

O evento foi promovido pela seguradora Porto Seguro, que comemorou 1 ano da campanha Trâsito + Gentil, reunindo mais de 10 mil pessoas no evento. Confira a reportagem!

domingo, 12 de dezembro de 2010

O espírito de Natal na terra da garoa

No Natal é assim: a cidade ganha colorido verde e vermelho para celebrar a tão esperada chegada do Papai Noel. Os enfeites aparecem por todos os lados, e o trânsito acaba ganhando sabor de festa. Até o ano que vem, passear pelas ruas de São Paulo ganha o nobre motivo de sair por aí fotografando cada momento natalino sem perder um só detalhe.

Pinheirinhos de alegria

E eu não ia ser louca de ficar fora dessa. Tudo começou no domingo passado, dia 05, quando anunciaram a inauguração da árvore de Natal do Parque Ibirapuera. O jornalista Marcelo Tas conduziria a confraternização ao ar livre. No final, depois de luzes e fogos de artifício, a banda Pato Fu faria uma apresentação grátis do lúdico Música de Brinquedo.

Coloquei os verbos no futuro do pretérito porque aqui há uma máxima. São Pedro sempre adivinha os dias da semana e escolhe a dedo uma chuva chata e um tempo feio para os domingos paulistanos. Sim, porque na segunda-feira ele nos manda um sol sob encomenda para animar o começo da labuta. E não poderia ter sido diferente na semana passada. Depois de dias ensolarados, o domingo chegou cinza e nada convidativo.

A chuva começou no finalzinho da manhã e continuou até o cair da noite. Imaginando que as nuvens baixas estragariam o estalar dos fogos no céu, aposto que muita gente deixou-se intimidar e passou o que sobrou do final-de-semana se lamentando embaixo das cobertas.

Mas eu pensei diferente. Como a cidade se estende por quilômetros intermináveis, é muito comum que as gotas caiam em um ponto, enquanto em outros não há o menor sinal da garoa. Prevenida, chequei os sites de meteorologia (onde encontrei, vejam só, um indicar de "chapinha" para as mais prevenidas) e descobri que a cidade tinha 12 pontos de alagamentos e muita água por cair.

Acostumada com as peripécias do santo regulador do tempo, sabia que a apenas 20 minutos de casa o céu poderia estar de brigadeiro. E, um tanto ressabiada, fui conferir um espetáculo digno da estréia do Natal em nosso Dezembro, com direito a Tim Maia, Rita Lee (Fernanda Takai declarou que Ovelha Negra é a mais paulistana das músicas), Paul McCartney (a cantora disse, também, desejar que o ídolo apreciasse a versão de sua música em instrumentos de brinquedo) e frevo tocados com imaginação e muito carinho.

Natal na Paulista



Alguns dias depois, lá fui eu ver a Passarela do Natal, na Av. Paulista. Nunca é demais avisar: nem pense que você será o único a ter a brilhante idéia de aproveitar uma noite de fim de primavera para ver as belezas espalhadas por São Paulo.



Tenha certeza de que outras milhares de pessoas terão a mesmíssima idéia e irão colocá-la em prática. Ou seja, qualquer trajeto de 15 minutos poderá tornar-se uma longa e ansiosa viagem através do engarrafamento. Enfim, chegamos ao endereço e foi difícil nos arrependermos de tanta energia gasta. A Passarela está instalada logo ao lado do Banco Itaú (antigo Banco de Boston), que também tem uma decoração de tirar o chapéu. Ali há apresentações diárias com muita música de Natal: sempre das 18 às 21:30 horas, a cada meia hora.

Curtindo a Vida, com Juliana

Confiram também a primeira matéria da série Curtindo a vida, com Juliana. A cada reportagem, vamos mostrar como a Juliana, cadeirante desde criança, aproveita as dores e as delícias desde que veio ao mundo a passeio. E aproveitamos para testar a acessibilidade de cada lugar por onde ela passa.



Concerto de Natal com a Sinfônica Heliópolis

E ontem, fui conhecer a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, que fica na Av. Morumbi, nº 4077. É a antiga mansão do casal, transformada em fundação para abrigar cultura e atividades sociais. O jardim é magnífico, e o espaço em si merece ser visitado. Além de apresentações especiais, como a de ontem, eles oferecem uma café da manhã aos domingos. Agora, pedem apenas que as pessoas esperem pelo término da reforma no Salão de Chá.

Você pode conferir trechos das músicas natalinas, regidas pelo simpático maestro Edilson Ventureli, no comando da Sinfônica Heliópolis (gerenciada pelo Instituto Baccarelli, associação civil sem fins lucrativos), ou ver e ouvir o gran finale com canções populares da música brasileira. Aproveite e Feliz Natal!






domingo, 5 de dezembro de 2010

Um pouco de Argentina

Na primeira videoreportagem sobre nossa viagem a Buenos Aires, mostramos um pouquinho de nossas impressões em 4 dias andando pela capital argentina.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Caixinha de surpresas

Deixemos o passeio de domingo para a videorreportagem. que será publicada até o fim dessa semana.

E falemos das surpresas que as viagens nos proporcionam. Afinal, viajar é cair no mundo e deixar-se levar pelas peças que o destino nos prega.

Marrom Bombom

Na Calle Florida, entrei avoada na loja da Lacoste. Enquanto olhava as araras, notei que a mulher que pagava suas contas no caixa me lembrava alguém... Assim que ela se virou e despediu-se em seu carioquês - "Obrigada, QUE-RI-DOS, até mais!"confirmei minhas suspeitas: Adriana Bombom está aproveitando o cartão de crédito em Buenos Aires.

Assustada em vê-la ao vivo e enlouquecida (ela já não parecia muito normal na televisão), comecei a falar com os vendedores que aquela era uma cantora famosa do Brasil (ainda não sei o porquê de ter escolhido essa profissão para a morena). Eles ficaram espantados e disseram que não: ela era paquita da Xuxa. E eu teimei e contei-lhes sobre A Fazenda, os micos e últimas fofocas que cercam o seu nome.

Então, a moça disparou para o vendedor: procura ela aí, no Google! E lá estava a Bombom virtual, de biquíni, exuberante em alguma praia do Rio de Janeiro. E idêntica à que acabara de sair esvoaçando os cabelos encaracolados e bem cuidados. No final das contas, todos concordamos: ela é bem doidinha mesmo...

La Kirchner

Todos os taxistas, apesar de terem o mau-humor típico argentino, costumam ser simpáticos e amáveis dentro do possível. Mesmo ao serem interrogados pelo caminho (sobre a situação econômica do país, sobre política, sobre violência...), respondem com sinceridade e são firmes em relação às suas crenças e perspectivas.

De tantas tagarelices com eles, a mais divertida ocorreu enquanto passava em frente à casa da Sr. Kirchner. Porque a Casa Rosada pode ser típica e coisa e tal, mas é muito brega. Não só por ser uma imitação chinfrim da Casa dos Obama, mas também pela cor mal escolhida de suas paredes.

Confesso que gosto de provocar aqueles que sismam em ser antipáticos, e não poderia deixar de dizer ao senhor taxista a minha opinião sobre a breguice do rosa desnecessário. Ao que ele concordou!

Falamos que era muito menininha, como uma casa da Barbie da presidenta odiada e amada pelos argentinos. E ele soltou a pérola: "é muito, assim, cristinita." Perfeito! Aí está: a Casa Rosada nada mais é do que muito Cristinita.

Galã de cinema

Por fim, no passeio do último dia, quase embarcamos em um programa de índio. Fomos salvos pelas ironias do destino.

Resumindo, acabei discutindo com um argentino marrento que teimava em confirmar o horário do próximo barco: a despeito da meia hora plantada no deck, ele afirmava seguramente que em 10 minutos eu estaria partindo. E que aproveitasse para relaxar e desfrutar a natureza. E eu não me fiz de rogada: não acreditava nele e ponto!

A resposta? "Pois você tem duas opções nesse fim de mundo: acreditar ou não acreditar".

Após mais 2 horas de espera - porque o barco decidiu atrasar nesse dia - ele contou com ares triunfais que era artista, famoso, galã de novelas e filmes na Argentina. Desconfiada, anotei o nome em uma papelzinho qualquer e joguei no Google.

Juan Ignácio Machado já foi melhor. Fez 4 filmes e inúmeras novelas. E já discutiu com uma brasileira petulante em algum ponto perdido do Atlas.