terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tudo o que é bom acaba...

Voltamos para São Paulo. E como não poderia deixar de ser, fomos recepcionados com uma chuva daquelas... (descobrimos depois que os ventos em Cumbica chegaram a 105 Km/h apenas 10 minutos após nossa segura aterrissagem).

No final de semana, os computadores do hotel resolveram cair na preguiça. Já em casa, fica melhor contar as últimas emoções argentinas.

O sábado foi dedicado às caminhadas pela cidade. Buenos Aires é grande, sim, mas nada comparada à imensidão paulistana. Se você quiser conhecer a região da Calle Florida - o calçadão que reúne galerias, lojas e camelôs vendendo penduricalhos a céu aberto -, pode preparar a máquina para tirar belas fotos no topo da Plaza San Martín.

Ali estão os Monumentos ao General San Martín e o Museo de Armas, com sua fachada imponente e bela. No meio da praça, a flora torna o lugar ainda mais charmoso. A mescla de verdes, marrons e roxos deixará suas fotos ainda mais encantadoras.

Da "varanda", vê-se a Torre dos Ingleses e a Estação de Trem Mitre logo ao lado. Mais embaixo, está o porto do Rio da Prata e as linhas de trem que levam passageiros cansados de volta para casa (ou rumo a outro passeio inesquecível).

Depois de saborear as delícias dessa visão magistral, caminhe pela Calle Florida, tome um café no Havana de alguma esquina (e não se esqueça de provar as Coronitas!) e prepare-se para conhecer a Casa Rosada. Porque depois da curiosidade geral em fazer-se presente no portão da pequena e decepcionante Casa Branca, as pessoas geralmente querem ver como é a Casa Rosada. E isso é um capítulo a parte (leia aqui).

Mas voltando ao roteiro. Logo no final da Florida (que não tem mais do que 5 quarteirões), você chegará à praça da Casa Rosada (a dita cuja). E ali encontram-se também a Catedral Metropolitana, o Cabildo e a sede do Banco de La Nación. Além disso, uma ou outra manifestação política vai chamar a sua atenção. Se você for para lá até o ano que vem, aliás, vai se deparar com mil protestos pelas ruas da capital. Em ano político, o argentino sacode a poeira e hasteia as bandeiras, praticando a esperança de dias melhores.

Para a noite, escolha um dos restaurante que ficam em La Recova, ao lado do Four Seasons. É uma região revitalizada da cidade, embaixo de um viaduto. Deixe-se surpreender por esse cantinho aconchegante, onde estão os restaurante mais chiques de Buenos Aires.


sábado, 27 de novembro de 2010

Compras e cultura, ou o contrário?

As andanças por aqui no primeiro dia foram intensas. Primeiro, corremos para os outlets. Porque há uma regra básica a ser aprendida em tempos de crise financeira: os brasileiros estao à solta, com a carteira repleta de pesos, loucos para esbanjar a veia consumista e levar para a casa caminhoes de mercadorias.

Parece coisa de muambeiro, mas nao é. Em Villa Crespo as lojas de marca estao de portas abertas para receber os turistas que falam português por todos os lados. Na loja da Lacoste, por exemplo, deve-se chegar bem cedo. Caso contrário (sim, nós caímos nesse erro), você vai se deparar com maos enlouquecidas vasculhando as pilhas e mais pilhas de camisas coloridas. Para levar um jacaré pela metade do preço em relaçao às lojas brasileiras, exercite a paciência. Nada de procurar por cores e tamanhos exatos.

Já nas demais lojas de marcas conhecidas, nada de muito excepcional. O que vale a pena mesmo é bater perna pelas floridas ruas da capital (aqui estamos na época do ipê roxo, que enfeita e embeleza ainda mais os ares menos promissores nessa ponta do continente) e buscar nas lojas uma oferta boa ou produtos com qualidade e preço animadores.

Para a tarde, é hora de city tour. O almoço acontece no restaurante Status, especializado em cozinha peruana. O prato da vez? Ceviche! Provar a iguaria nos deixa perplexos: quem descobriu e tornou famoso o peixe cru marinado em leite de tigre?

E nao é que o negócio é gostoso?! Nos deliciamos com uma porçao e pagamos só 35 pesos (cerca de R$ 15.00 - no restaurante mais famoso do Brasil paga-se R$ 100,oo, em média). O Status fica a apenas uma quadra da praça do Congresso, na Rua Virrey Cevallos, 178.

A próxima parada, entáo, será o Congresso e a praça em frente. Logo depois, seguimos pela Av. de Mayo até chegar ao Café Tortoni para tomar um sorvete e nos refrescarmos. A casa é típica e super antiga (confiram, em breve, na videoreportagem). Só nao peça a Merenguera, forte e nada saborosa. Prefira um sorvete tradicional e bom apetite!

Mais adiante, chegamos à 9 de Julio, a avenida mais larga do mundo (segundo os argentinos e sua mania de grandeza com seu país). E o passeio termina no Obelisco, marco da cidade.

Para a noite, nada melhor do que visitar o Puerto Madero e refestelar-se com uma bela e cheirosa parrilla em um de seus restaurantes.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mi Buenos Aires querida

A viagem começou!

Para quem pensava que de Sao Paulo até Buenos Aires era um pulo, a viagem durou uma eternidade. Para sair da cidade, debaixo de uma chuva torrencial (com direito a grandes pedras de granizo salpicando o carro do paciente taxista), foi preciso 1 horas e meia.

Depois, mais 2 horas de espera no aeroporto (incluindo alguns longos minutos já acomodada na poltrona). E, enfim, partimos para a capital argentina.

O mais engraçado é que, durante o vôo, tivemos a sensaçao de que o aviao ia muito mais devagar do que poderia. Depois de atravessar as típicas nuvens paulistanas, carregadas e escuras ao anoitecer, logo vimos o céu se abrir e mil estrelas nos brindaram com uma bela noite a centenas de pés de altitude.

Na chegada, após 8 horas (¡) de viagem - será que de ônibus vínhamos mais rápido? -, nos permitimos uma parada no Duty free, para conferir se a festa do consumismo está garantida por aqui, onde nosso estimado Real vale 2,20 pesos. Mais um tempo buscando as bagagens, fazendo o câmbio no guichê do Banco de La Nación, e lá fomos procurar um táxi.

Enfim, estamos prontos para enfrentar a maratona turística em três dias e algumas horas na bela Argentina. E para nos divertirmos com os chiliques dos cidadaos que tanto nos amam...

Ah, só para avisar: no teclado espanhol nao há til. Assim sendo, seguimos sem o acento gráfico.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estava despretensiosamente lendo a "coluna social" de um jornal, quando me deparei com a seguinte nota:

Águas internacionais

Para animar seu fim de semana. Entre no Google Maps e clique em "como chegar". Depois, escreva Japão como ponto de origem e China, o destino. Leia o que diz a parada número 43 da rota. Nem Amyr Klink faria melhor.

Logo fiquei curiosa. O que o Google teria indicado no passo 43?

Pois hoje joguei as coordenadas na página de busca e aí está a indicação mais exata do planeta:


Ainda não tenho um jet ski, e o próximo destino do Pelo Brasil, Pelo Mundo não fica do outro lado do mundo.

Sim, estamos preparando as próximas reportagens da série Um dia em... E dessa vez vamos desembarcar na terra dos hermanos para mostrar as dores e as delícias de visitar Buenos Aires.

Dores porque o Brasil lamentavelmente perdeu seu último amistoso contra nossos arqui-inimigos futebolísticos. Delícias porque o churrasco deles é um dos melhores mesmo, a cidade é linda e o Real vale muito mais.

Já com o bilhete em mãos, fui checar no Google Maps como poderia ir a pé até lá. Mas, nem no mundo virtual poderíamos compartilhar um espaço amistoso:


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paul invade o Morumbi

Lembra daquela história do Glauber Rocha: uma câmera na mão e uma idéia na cabeça?

Foi com essa premissa que eu dei minha estimada filmadora para que meu pai fizesse um relato emocionado da apresentação de seu maior ídolo no Brasil. Tudo filmado e condensado em alguns minutos...

Sim, Paul McCartney esteve em São Paulo e nós tivemos a sorte e o prazer de ver sua carismática performance no estádio do Morumbi. O ex-Beatle mostrou a que veio. Confiram!


domingo, 21 de novembro de 2010

Dicas para hoje

Eu estava aqui pensando no texto para hoje. O final de semana em Guaratinguetá reserva surpresas menos pirotécnicas do que alguns minutos em São Paulo, é claro.

Então, quem está ansioso para aproveitar mais um domingo bonito (pelo menos aqui, o sol está brilhando forte) pode aproveitar as dicas dessa "agenda" que eu montei com a programação do feriado que passou (eu sei, o feriado foi intenso e deixou saudades - por isso ainda não consegui me "libertar" dele...).

Sexta-feira, 12 de Novembro

15:oo horas - Bienal de Artes, gratuita e repleta de atrações

19:00 horas - jantar na Avenida Paulista. Tem Ráscal na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, nº 585; tem o fast food Rizzo no Top Center, onde há várias outras opções; tem o Shopping Paulista...

22:00 horas - show no Citibank, ou em alguma outra casa da cidade. E hoje tem Paul McCartney no Morumbi, imperdível!

Sábado, 13 de Novembro

21:00 horas - barzinho por aí com os amigos. Fui ao Opção, que fica ao lado do MASP. Apesar de charmoso, o serviço é muito ruim. Esse eu não recomendo.

23:00 horas - festa na Rua Augusta, para entender que a noite de São Paulo pode ser muito mais rica do que as famosas Berlim, Amsterdã, Londres...

Domingo, 14 de Novembro

16:00 horas - Parque da Independência com show grátis de Norah Jones

20:00 horas - bar na Vila Madalena, boa pedida para um domingo "normal". Mas lembre-se que a lei do PSIU limita o horário da festança e os bares costumam fechar à 1:00 hora.

23:00 horas - Pau-Brasil, um lugar pequeno, simples, aconchegante até demais! Na entrada não se dá nada pela festa que rola lá dentro e muito provavelmente será inesquecível. Perfeito para ver que os paulistanos sabem ser cordiais e hospitaleiros, assim como os mineiros gente fina.

Segunda-feira, 15 de Novembro

15:00 horas - Avenida Paulista e redondezas. Dá para tomar um café no Starbucks da Alameda Santos, nº 1054; conhecer as lojinhas da Rua Augusta; comer um quitute na Bella Paulista, localizada na Rua Haddock Lobo, nº 354.

21:00 horas - cinema! Assisti ao francês Eu matei minha mãe, no Belas Artes. Mas você pode escolher outras inúmeras fitas para aproveitar o finalzinho do domingo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Domingo de festa com Norah Jones

A festa de domingo já estava marcada na agenda há semanas. Em turnê pelo Brasil, a cantora americana Norah Jones fez uma apresentação grátis no Parque da Independência, em São Paulo. O melhor de feriados comemorativos na capital é isso: eventos grátis espalhados pela cidade. Geralmente acontecem no aniversário - 25 de Janeiro -, na comemoração da Revolução de 1932 - 09 de Julho -, no 07 de Setembro, 15 de Novembro, 20 de Novembro... Enfim, as datas são lembradas com muita gente reunida para participar e vivenciar um espetáculo gratuito em algum ponto da megalópole.

No ano passado, eu havia visto o cantor Andrea Bocelli se apresentar no mesmo local. Agora, levei duas amigas de Minas Gerais para completarem o time de quase 18 mil pessoas que estiveram no parque em frente ao Museu do Ipiranga e aproveitaram o ensolarado domingo deitadas no gramado, ao som da bela voz de Norah. Confira a videoreportagem!

sábado, 13 de novembro de 2010

A boa pedida da noite

Para a noite de ontem, queria boa música, em boa companhia. Vagando pelos sites que mostram a programação na capital, encontrei uma ótima pedida: o Baile do Simonal. Um amigo havia adorado o show de Wilson Simoninha e Max de Castro na Virada Cultural e fez a recomendação na época. Agora, os dois voltaram para uma apresentação extra em São Paulo.

Não havia como resistir. O ingresso tinha preço excelente, era fácil chegar no lugar da apresentação e o horário era perfeito. Então, lá fui eu passar uma noite cheia de surpresas, típicas desse mundão de meu Deus que é do tamanho de uma ervilha. Logo na fila para comprar o ingresso, uma mulher veio toda tímida perguntar se eu queria um assento na Mesa Vip. Sim, na primeira fila, para ficar bem na frente do palco... E ela me deu o ingresso de graça!

Depois de me sentar e ver que ganhei o melhor lugar (atrás da mesa reservada somente para o dono da casa de shows), outra estripulia do destino. Logo na mesa ao lado, minha tia e suas amigas esperavam ansiosamente que as cortinas se abrissem. Do outro lado, a atriz Denise Fraga também aguardava o começo do espetáculo acompanhada do marido e da família. No final das contas, ela virou parceira das meninas que ficaram na "minha" mesa e puxou o bonde para que todos se levantassem e soltassem suas feras em uma noite de tributo ao eterno Simonal.

Quem perdeu esse show tem a chance de vê-lo em DVD; pode esperar a agenda do próximo ano; ou assistir a esse pequeno techo que eu gravei para o Pelo Brasil, Pelo Mundo.

Um dia num feriado em SP

Desde que vim morar em São Paulo, nunca havia ficado por aqui em um feriado cheio de programações divertidas. No dia de finados a cidade não ofereceu muita coisa boa... Mas na comemoração da proclamação da República parece que a agenda ficou pequena para tantos eventos.

Assim sendo, resolvi fazer diferente. Ao invés de investir em uma videoreportagem sobre algo bacana, preferi contar o que fiz e deixar a dica para quem não pode viajar nos feriados ou para aqueles que moram em cidades próximas e gostariam de aproveitar a rica eferverscência cultural daqui.

Bienalize-se

Ontem foi dia de cultura pura em dose dupla. Durante a tarde, visitei a 29ª Bienal de São Paulo, que traz artistas do mundo todo para expor suas obras. Lá estão Nuno Ramos, Gil Vicente, Ai Weiwei, Paulo Bruscky, entre tantos outros que figuram como os nomes mais importantes no circuito artístico mundial.

Para aproveitar aos clássicos, ter a oportunidade de vivenciar as instalações mais comentadas e aplaudidas dos últimos tempos, eu recomendo fazer o passeio pelos quatro andares recheados de arte com a edição de setembro da Revista Bravo, que traz três roteiros bem montados para uma volta pelo pavilhão.

Claro que em 3 horinhas não eu tempo de ver tudinho de tudo. Mas dá para sentir a Bienal e ficar com aquele gosto de "quero mais!".

Se você gostou da idéia e pretende conferir a mostra, preste atenção na obra censurada e já exposta do argentino Roberto Jacoby. Será que faz sentido tanto barulho em torno de sua "militância política"?



A imagem de Dilma influenciaria os eleitores a escolhê-la como candidata.


O painel traz a imagem de Serra e Dilma, lado a lado.

Correndo contra o tempo

O conceito para a obra Escapement, do Raqs Media Collective, brinca com a fama de cidades espalhadas pelo mundo real, e por aquele que habita nossa imaginação.

Como é São Paulo?

Como é Buenos Aires?

E Macondo?

27 relógios mostram o tempo do planeta

Marca-passo

Tatiana Trouvé tem a bela instalação 350 Points towards Infinity, proibida para quem tem marca-passo devido ao campo magnético criado pela obra.

Visitantes observam a obra

Confira a lista completa de participantes e um pouco da história de cada arte dessa edição da Bienal no site oficial.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MediaOn - Vida longa aos jornalistas!

O 4º Seminário Internacional de Jornalismo Online, realizado pelo TERRA e pelo ITAÚ Cultural, com apoio das redes CNN e BBC Brasil, acontece de 09 até 11 de Novembro em São Paulo. O objetivo do encontro entre profissionais que trabalham com mídia e estratégias de comunicação, principalmente no ambiente digital, é debater o impacto das novas tecnologias para o exercício do jornalismo. Ou seja, como fica e qual lugar o jornalismo ocupa dentro de uma sociedade que vive um período novo e desconhecido em meio ao avanço tecnológico e às novas possibilidades que surgem (em relação a formatos, meios, produção de conteúdo, interação com os públicos).

No segundo dia do evento na sede do ITAÚ Cultural, localizado na Avenida Paulista, os debatedores premiaram os jornalistas com uma avaliação mais do que otimista em meio ao caos do desenvolvimento das relações humanas: os jornalistas ainda têm muito trabalho pela frente.

Fugindo à regra de produzir uma reportagem sobre os quatro painéis de hoje, preferi selecionar as frases que considerei mais interessantes. No vídeo você pode assistir a um "melhores momentos" dos participantes do encontro.

Os tablets serão a salvação do jornalismo? Como podemos cirar um fetichismo por essas novas ferramentas?

Alberto Cairo, diretor de infografia e multimídia da Revista Época


O tempo é tirano. Se antes tínhamos informação escassa e tempo abundante, hoje vivemos a exata inversão desses valores: excesso de informação e cada vez menos tempo para consumi-las. Se antes a população vivia na área rural, agora se prevê que 70% da população mundial seja urbana em 2050. Nós vivemos uma crise de sentido.

Em meio à transformação dos hábitos culturais, como os jornais vão entender a mudança de comportamento e consumo das informações? Acredito que as organizações midiáticas produzem coisas que não têm a ver com a vida cotidiana das pessoas e a forma que conhecemos de notícia vai morrer.

O jornalismo era um grande banquete; hoje, é oferecido em pílulas e virou comida de astronauta. As pessoas perdem tempo em diversos momentos no dia-a-dia e os jornalistas precisam usar essa oportunidade disponível pelos tempos mortos para conquistar a atenção dos públicos. As informações estão servindo para tornar nossa vida melhor?

Pablo Mancini, gerente de serviços digitais do Grupo Clarín




No princípio, o eleitor recebi informações da mídia de massa e dos programas apresentados pelos candidatos. Agora, há um terceiro bloco formador de opinião: a possibilidade dos eleitores se expressarem nas mídias digitais. E nós temos que aproveitar as oportunidades da construção coletiva de informação nesse novo ambiente, expandindo a possibilidade da cobertura colaborativa.

Quanto às campanhas políticas, achava que eram politizadas.

Marcelo Branco, coordenador da estratégia nas redes sociais da campanha de Dilma Rousseff


Apesar da internet oferecer um espaço muito maior para distribuição de informações e conteúdo, só vai atrás disso quem já estiver interessado e engajado. Ela funciona como um ponto de encontro para os militantes que nunca encontrariam espaço onde se sentissem confortáveis para fazer a militância.

Ao longo da campanha, fui acreditando mais no poder e na influência da internet sobre os eleitores. Mas ainda acho que as pessoas são muito mais influenciadas por pessoas próximas na hora de escolher um candidato para dar o seu voto.

Soninha Francine, responsável pela campanha presidencial de José Serra na internet


O mais importante em uma campanha política é que ela não entre na provocação do ódio entre os candidatos. Temos que preservar a liberdade e a neutralidade da internet, que estão ameaçados e podem sofrer censura dos poderes públicos. Em relação aos meios digitais, acredito que cada vez mais o e-mail é uma ferramenta em extinção.

Caio Túlio Costa, coordenador da área de mídias digitais da campanha presidencial de Marina Silva




Cria-se cada vez mais uma cultura participativa, onde as barreiras para expressão de idéias e engajamento cívico são muito menores. E os espaços de afinidade dentro das mídias sociais é mais compatível com a idéia de liberdade de expressão que vivemos em busca. Dentro desse cenário, as marcas viram biosferas.

Abel Reis, presidente da AgênciaClick Isobar


As pessoas passam a conversar entre si, independente do que quer ou diz as marcas e seus anúncios. Muitas vezes, as nanoaudiências pautam a grande mídia.

João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da FIAT


Vivemos um dilema: devemos anunciar e investir em publicidade na grande mídia ou privilegiamos os pequenos meio de comunicação?

Carlos Werner, diretor de marketing corporativo da SAMSUNG


O profissional de comunicação é igual ao surfista: ele tem que ter o talento de saber pegar a onda quando ela está se formando, se não fica para trás.

Sérgio Valente, presidente da agência DM9DDB




O que as redes de notícias podem contribuir com as redes sociais?

Julian Gallo, diretor de criação do site do governo da cidade de Buenos Aires


Podemos usar as redes sociais para pesquisa, compartilhamento de conteúdo, monitoramento do que as pessoas estão falando e busca de audiência para o nosso conteúdo.

Matthew Eltrigham, editor da BBC

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Alguns dias no Pantanal

O empresário Olacir Cantarero conta como foi passar 15 dias viajando pela região pantaneira. Ele estava acompanhado de um grupo de amigos: eram 10 carros totós pick-up a diesel. As fotos ilustram muito bem mais uma aventura da Expedição Pantanal. Que tal embarcar também nessa viagem?

O PANTANAL

Por Olacir Cantarero

Meu nome é Olacir Cantarero, tenho 47 anos, sou empresário e vou ser bem sucinto quanto à expedição que fiz ao Pantanal de 8 à 16 Outubro de 2010.

Esse ano resolvi dar um presente de aniversário diferente para mim: em pleno dia 12, estava no meio do Pantanal. Eu e um grupo de amigos saímos do Posto do Gugu, da Rodovia Castelo Branco (SP), por volta de 8 horas da manhã do dia 8. A primeira etapa da nossa viagem foi até Campo Grande (MS), onde dormimos em um hotel. No dia seguinte, levantamos para o café da manha às 7 horas e saímos para o próximo destino: Coxim, a 416 quilometros.

Quando chegamos à cidade, nos dividimos para comprar o que era necessário para enfrentar os 600 Km de Pantanal. Ao meio-dia nos encontramos em um restaurante, almoçamos e lá fomos nos embrear no meio de florestas, fazendas, bichos e alagados da região pantaneira.


Eu estava muito confiante e tranquilo, pois tínhamos no nosso grupo o Giboty e o Rene, que já está muito acostumado com a região; sem falar no James, muito apto no GPS (ele pegou o mapa das fazendas da região e nos levava de fazenda a fazenda - em cada uma delas íamos perguntando onde ficava a próxima).

Na hora do almoço nós parávamos para fazer um lanche. Ao anoitecer, acampávamos sempre na beira de um rio para tomarmos um banho e fazer o jantar - aliás, o Giboty era o nosso cozinheiro de primeira qualidade!

O único acampamento com uma infra-estrutura maior foi na Quatro Cantos, uma fazenda turística muito agradável. Depois de seis dias chegamos em Corumbá, a Capital do Pantanal. Lá dormimos e, no dia seguinte, fomos para a Bolívia. Essa parte da viagem não valeu muito a pena, pois conhecemos uma cidade suja, sem nada.

Ao meio-dia nos reunimos, almoçamos e retornamos para Campo Grande, onde passamos mais uma noite. Logo no dia seguinte já estávamos de volta a São Paulo. No total, rodamos 3000 Km e valeu a pena: o visual é incrível!