sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011!

Como não poderia deixar de ser, lá vou eu conhecer uma das atrações mais famosas do planeta: o Réveillon de Copacabana. E prometo trazer na bagagem uma videoreportagem mostrando tudo o que acontece nas areias da charmosa praia carioca.

Enquanto isso, para fechar o ano com chave de ouro, publico as fotos que a leitora portuguesa Maria José tirou pelas ruas de Braga, em Portugal. Assim como aqui, nossos compatriotas também sabem embelezar a cidade na época dos festejos natalinos.

Nos prédios, as luzes dão graça à arquitetura de construções erguidas no século XVIII. Com esse clima nostálgico, que nos remete à inesquecível época em que somos crianças e o Papai Noel vem nos visitar, desejo a todos um Feliz 2011.









terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Um dia em Tiradentes

Finalmente fui conhecer Tiradentes, em Minas Gerais - próxima parada da série Um dia em... A cidade histórica fica a 200 Km de Belo Horizonte e reserva encantos e surpresas de um lugar cercado por belezas naturais e contruções históricas. Depois desse aperitivo, o plano de conhecer todos os 20 municípios da Trilha dos Inconfidentes deve ser concretizado em 2011. Enquanto isso, veja um pouco do que Tiradentes pode reservar em algumas horas de caminhada por lá.



Quem quiser se aventurar por lugarejos mineiros pode incluir no roteiro as cidades da Trilha dos Inconfidentes:


Alfredo Vasconcelos
Antônio Carlos
Barbacena
Barroso
Carrancas
Conceição da Barra de Minas
Coronel Xavier Chaves
Dores de Campo
Entre Rios de Minas
Ibituruna
Lagoa Dourada
Madre de Deus de Minas
Nazareno
Piedade do Rio Grande
Prados
Resende Costa
Santa Cruz de Minas
São João del-Rei
São Tiago
Tiradentes

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um dia na Trilha dos Inconfidentes

Aproveitei a semana do Natal para dar um pulinho em Minas e matar as saudades das comidas, das histórias e dos bons ares que sopram por lá. Em um dia ensolarado de começo de verão, coloquei os pés na estrada para conhecer uma região que merece a fama que tem. Consegui passar boas horas em São João del-Rei, Ritápolis e Tiradentes, claro. Ainda faltaram Prados, Bichinho e Resende Costa, das quais ouvi falar muitíssimo bem.

O dia começa na primeira, onde consegui caminhar pelo centro por uma horinha. Vi a estação de trem e já planejei Um dia em... mostrando o tão esperado passeio na Maria Fumaça, que nos leva até Tiradentes. Descobri que o trem parte às sextas, sábados, domingos e feriados e já incluí o roteiro na agenda do próximo ano.


Também passei pela Prefeitura, pelo
Teatro Municipal e agendei participar do tour noturno que nos transporta para outros tempos, enquanto o guia narra lendas de Minas de Gerais. Esse eu também não posso perder da próxima vez que estiver na cidade.





No centro, outra curiosidade: o Jornal do Poste, fundado em 1958, já virou patrimônio histórico e pitoresco da cidade.


Ah, e não poderia faltar uma igreja. Esta homenageia Nossa Senhora do Carmo e começou a ser construída em 1733. Viu sua torre arder em chamas no século XIX e em 1894 já estava reconstruída para embelezar as alturas de São João del-Rei.



Hora da bóia

Para o almoço, topei sem pestanejar a dica de uma amiga. Conheceria um restaurante perdido no meio do nada e teria a certeza de que há lugares que escondem preciosidades. O próximo destino seria Ritápolis, a 19 Km dali. Há alguns séculos atrás, no ano de 1746, Tiradentes nascia na Fazenda do Pombal, nesse ponto perdido no mapa.
Hoje, lá está o restaurante Saliya, especializado em cozinha árabe. No comando das panelas, o chef André orgulha-se de ter sido reconhecido pela edição do Guia Quatro Rodas de 2011. E a menção é certeira. A cidade onde parece que o tempo parou guarda um cantinho aconchegante, com comida deliciosa. Testei, aprovei e já coloquei na lista de lugares a serem visitados na próxima viagem, com direito a videorreportagem e tudo o mais.


Logo em frente, a igreja Matriz de Santa Rita de Cássia merece ganhar casamentos e festa de celebração matrimonial. Singela, abriga o clima do interior de Minas que povoa o imaginário popular. Lá dentro, algumas senhoras fazem sua novena rodeadas de paz.



É Natal

Dispensando a siesta e seguindo em frente, chegamos em Tiradentes. Igualmente encantadora, como não poderia deixar de ser, ganhou videorreportagem que será publicada na segunda-feira, após os festejos natalinos.

Aliás, está quase na hora de brindar a noite do Papai Noel. E eu aqui terminando de ajeitar as fotos e ouvindo mil fogos-de-artifício explodirem no céu avermelhado de São Paulo... Feliz Natal!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Fazendo arte

Dessa vez, na segunda reportagem da série Personalidades, decidi publicar a matéria que escrevi sobre o artesão Roberto Ribeiro. Minha câmera ainda não teve a oportunidade de acompanhar o seu trabalho. Por isso, preferi usar as palavras na tentativa de traduzir o seu talento.


“Arte Solidária” ensina técnicas artesanais para jovens em São Paulo e interior

O artesão Roberto Ribeiro, professor do projeto em Potim, fala sobre a importância da valorização do artesanato

Potim é um ponto perdido no mapa. Assim como Miracatu. A primeira fica a 10 Km de Guaratinguetá (SP), terra de Frei Galvão. Já a segunda é considerada o portal do Vale do Ribeira e está a 137 Km da capital paulista. Em comum, as duas cidades ganharam o projeto Arte Solidária, que oferece aulas de artesanato e empreendedorismo e capacita os jovens para o mercado de trabalho.

A iniciativa nasceu da parceria entre a ACLI (Associazioni Cristiane Lavo-ratori Italiani) e o Instituto Nacional Cidadania e Trabalho. A primeira tem origem italiana, existe há mais de 60
anos e trabalha para fomentar o reconhecimento dos direitos de cidadania. A segunda, uma organização privada sem fins lucrativos, busca criar oportunidades para setores marginais da sociedade. Ou seja, ambas se propõem a ajudar os jovens a terem um futuro profissional mais promissor.

No Arte Solidária da capital, os alunos aprendem a trabalhar com jóias, filtro de café e esculturas em papel. Em Miracatu, têm aulas de artesanato com fibra de bananeira. E no município de Potim conhecem o trabalho com fibra de taboa, uma planta que vive em águas rasas e atinge três metros de altura.

Potim

A cidade tem 19 mil habitantes e poucos afazeres. A economia básica da população consiste na agricultura de subsistência e criação de animais. Além disso, pequenas empresas produzem material usado na vizinha Aparecida do Norte. São imagens de santos e penduricalhos vendidos nas lojas que aproveitam o movimento em torno do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Para sobreviver e garantir outro meio de ganhar a vida, Potim participa do Arte Solidária desde maio. É lá que o artesão Roberto Ribeiro, professor do curso, abre caminho para os jovens descobrirem as belezas que a espiga de taboa pode produzir. E faz a sua parte na divulgação de uma cultura que não deveria ser esquecida: o aprendizado passado de pai para filho.

Trabalho de formiguinha

Quando criança, Roberto aprendeu com a mãe a arte do que hoje é sua profissão. “Toda a família faz artesanato para sobreviver, desde as minhas avós”, conta.“Estamos na quarta geração de artesãos”.

No começo, vendiam seus produtos para pessoas conhecidas. Agora, comercializam as peças em lojas de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Entre os clientes estão a Tok & Stok e a ONG Orientavida. Mas quem quer conhecer o seu trabalho pode encontrá-lo no Mercado Municipal de Guaratinguetá.

Tanto sucesso não veio por acaso. “Nosso país descobriu que o artesanato, que é ótima fonte de renda e deixou de ser um subproduto para aparecer nas revistas de decoração e ambientes sofisticados”. Para acompanhar o progresso do novo objeto de desejo, Roberto diz que é preciso muito estudo sobre as mudanças de comportamento. “Só assim conseguimos produzir peças bonitas para satisfazer os clientes que buscam o melhor”, aconselha.

Peças produzidas no curso Arte Solidária, em Potim



Vida longa ao artesanato

As instituições públicas são fontes importantes de apoio ao trabalho artesanal. Desde 1975, o governo paulista mantém a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), uma autarquia que coordena o Programa do Artesanato Brasileiro no Estado, auxilia na comercialização das peças e emite a Carteira de Identificação do Artesão, credenciando e legitimando a profissão. Roberto faz questão de mencionar também o SEBRAE, que “está sempre presente, dando novas oportunidades”, e a Casa do Artesão. “Vejo uma em quase todos os lugares”, alegra-se.

Mas será que essa ampla divulgação pode causar certa globalização do artesanato? Para Roberto, isso deve ser evitado. “O ideal é manter a tradição nas pequenas cidades para, então, levar isso para os grandes centros”, diz. Ele cita o Revelando São Paulo, que chegou à sua 14ª edição nesse ano, como um exemplo de que é possível estabelecer um processo de valorização do regionalismo. O evento, realizado pela Prefeitura e pela Secretaria de Cultura de São Paulo, divulga a cultura tradicional do interior. Segundo Roberto, manter as raízes é fundamental. “O artesão deve ficar onde tenha matéria-prima e espaço para levar a tradição adiante”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Acessibilidade no Parque da Independência (SP)

No domingo, 12, levamos a Juliana para ver o show do Jota Quest e aproveitamos para testar a acessibilidade do Parque da Independência, em São Paulo.

O evento foi promovido pela seguradora Porto Seguro, que comemorou 1 ano da campanha Trâsito + Gentil, reunindo mais de 10 mil pessoas no evento. Confira a reportagem!

domingo, 12 de dezembro de 2010

O espírito de Natal na terra da garoa

No Natal é assim: a cidade ganha colorido verde e vermelho para celebrar a tão esperada chegada do Papai Noel. Os enfeites aparecem por todos os lados, e o trânsito acaba ganhando sabor de festa. Até o ano que vem, passear pelas ruas de São Paulo ganha o nobre motivo de sair por aí fotografando cada momento natalino sem perder um só detalhe.

Pinheirinhos de alegria

E eu não ia ser louca de ficar fora dessa. Tudo começou no domingo passado, dia 05, quando anunciaram a inauguração da árvore de Natal do Parque Ibirapuera. O jornalista Marcelo Tas conduziria a confraternização ao ar livre. No final, depois de luzes e fogos de artifício, a banda Pato Fu faria uma apresentação grátis do lúdico Música de Brinquedo.

Coloquei os verbos no futuro do pretérito porque aqui há uma máxima. São Pedro sempre adivinha os dias da semana e escolhe a dedo uma chuva chata e um tempo feio para os domingos paulistanos. Sim, porque na segunda-feira ele nos manda um sol sob encomenda para animar o começo da labuta. E não poderia ter sido diferente na semana passada. Depois de dias ensolarados, o domingo chegou cinza e nada convidativo.

A chuva começou no finalzinho da manhã e continuou até o cair da noite. Imaginando que as nuvens baixas estragariam o estalar dos fogos no céu, aposto que muita gente deixou-se intimidar e passou o que sobrou do final-de-semana se lamentando embaixo das cobertas.

Mas eu pensei diferente. Como a cidade se estende por quilômetros intermináveis, é muito comum que as gotas caiam em um ponto, enquanto em outros não há o menor sinal da garoa. Prevenida, chequei os sites de meteorologia (onde encontrei, vejam só, um indicar de "chapinha" para as mais prevenidas) e descobri que a cidade tinha 12 pontos de alagamentos e muita água por cair.

Acostumada com as peripécias do santo regulador do tempo, sabia que a apenas 20 minutos de casa o céu poderia estar de brigadeiro. E, um tanto ressabiada, fui conferir um espetáculo digno da estréia do Natal em nosso Dezembro, com direito a Tim Maia, Rita Lee (Fernanda Takai declarou que Ovelha Negra é a mais paulistana das músicas), Paul McCartney (a cantora disse, também, desejar que o ídolo apreciasse a versão de sua música em instrumentos de brinquedo) e frevo tocados com imaginação e muito carinho.

Natal na Paulista



Alguns dias depois, lá fui eu ver a Passarela do Natal, na Av. Paulista. Nunca é demais avisar: nem pense que você será o único a ter a brilhante idéia de aproveitar uma noite de fim de primavera para ver as belezas espalhadas por São Paulo.



Tenha certeza de que outras milhares de pessoas terão a mesmíssima idéia e irão colocá-la em prática. Ou seja, qualquer trajeto de 15 minutos poderá tornar-se uma longa e ansiosa viagem através do engarrafamento. Enfim, chegamos ao endereço e foi difícil nos arrependermos de tanta energia gasta. A Passarela está instalada logo ao lado do Banco Itaú (antigo Banco de Boston), que também tem uma decoração de tirar o chapéu. Ali há apresentações diárias com muita música de Natal: sempre das 18 às 21:30 horas, a cada meia hora.

Curtindo a Vida, com Juliana

Confiram também a primeira matéria da série Curtindo a vida, com Juliana. A cada reportagem, vamos mostrar como a Juliana, cadeirante desde criança, aproveita as dores e as delícias desde que veio ao mundo a passeio. E aproveitamos para testar a acessibilidade de cada lugar por onde ela passa.



Concerto de Natal com a Sinfônica Heliópolis

E ontem, fui conhecer a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, que fica na Av. Morumbi, nº 4077. É a antiga mansão do casal, transformada em fundação para abrigar cultura e atividades sociais. O jardim é magnífico, e o espaço em si merece ser visitado. Além de apresentações especiais, como a de ontem, eles oferecem uma café da manhã aos domingos. Agora, pedem apenas que as pessoas esperem pelo término da reforma no Salão de Chá.

Você pode conferir trechos das músicas natalinas, regidas pelo simpático maestro Edilson Ventureli, no comando da Sinfônica Heliópolis (gerenciada pelo Instituto Baccarelli, associação civil sem fins lucrativos), ou ver e ouvir o gran finale com canções populares da música brasileira. Aproveite e Feliz Natal!






domingo, 5 de dezembro de 2010

Um pouco de Argentina

Na primeira videoreportagem sobre nossa viagem a Buenos Aires, mostramos um pouquinho de nossas impressões em 4 dias andando pela capital argentina.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Caixinha de surpresas

Deixemos o passeio de domingo para a videorreportagem. que será publicada até o fim dessa semana.

E falemos das surpresas que as viagens nos proporcionam. Afinal, viajar é cair no mundo e deixar-se levar pelas peças que o destino nos prega.

Marrom Bombom

Na Calle Florida, entrei avoada na loja da Lacoste. Enquanto olhava as araras, notei que a mulher que pagava suas contas no caixa me lembrava alguém... Assim que ela se virou e despediu-se em seu carioquês - "Obrigada, QUE-RI-DOS, até mais!"confirmei minhas suspeitas: Adriana Bombom está aproveitando o cartão de crédito em Buenos Aires.

Assustada em vê-la ao vivo e enlouquecida (ela já não parecia muito normal na televisão), comecei a falar com os vendedores que aquela era uma cantora famosa do Brasil (ainda não sei o porquê de ter escolhido essa profissão para a morena). Eles ficaram espantados e disseram que não: ela era paquita da Xuxa. E eu teimei e contei-lhes sobre A Fazenda, os micos e últimas fofocas que cercam o seu nome.

Então, a moça disparou para o vendedor: procura ela aí, no Google! E lá estava a Bombom virtual, de biquíni, exuberante em alguma praia do Rio de Janeiro. E idêntica à que acabara de sair esvoaçando os cabelos encaracolados e bem cuidados. No final das contas, todos concordamos: ela é bem doidinha mesmo...

La Kirchner

Todos os taxistas, apesar de terem o mau-humor típico argentino, costumam ser simpáticos e amáveis dentro do possível. Mesmo ao serem interrogados pelo caminho (sobre a situação econômica do país, sobre política, sobre violência...), respondem com sinceridade e são firmes em relação às suas crenças e perspectivas.

De tantas tagarelices com eles, a mais divertida ocorreu enquanto passava em frente à casa da Sr. Kirchner. Porque a Casa Rosada pode ser típica e coisa e tal, mas é muito brega. Não só por ser uma imitação chinfrim da Casa dos Obama, mas também pela cor mal escolhida de suas paredes.

Confesso que gosto de provocar aqueles que sismam em ser antipáticos, e não poderia deixar de dizer ao senhor taxista a minha opinião sobre a breguice do rosa desnecessário. Ao que ele concordou!

Falamos que era muito menininha, como uma casa da Barbie da presidenta odiada e amada pelos argentinos. E ele soltou a pérola: "é muito, assim, cristinita." Perfeito! Aí está: a Casa Rosada nada mais é do que muito Cristinita.

Galã de cinema

Por fim, no passeio do último dia, quase embarcamos em um programa de índio. Fomos salvos pelas ironias do destino.

Resumindo, acabei discutindo com um argentino marrento que teimava em confirmar o horário do próximo barco: a despeito da meia hora plantada no deck, ele afirmava seguramente que em 10 minutos eu estaria partindo. E que aproveitasse para relaxar e desfrutar a natureza. E eu não me fiz de rogada: não acreditava nele e ponto!

A resposta? "Pois você tem duas opções nesse fim de mundo: acreditar ou não acreditar".

Após mais 2 horas de espera - porque o barco decidiu atrasar nesse dia - ele contou com ares triunfais que era artista, famoso, galã de novelas e filmes na Argentina. Desconfiada, anotei o nome em uma papelzinho qualquer e joguei no Google.

Juan Ignácio Machado já foi melhor. Fez 4 filmes e inúmeras novelas. E já discutiu com uma brasileira petulante em algum ponto perdido do Atlas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tudo o que é bom acaba...

Voltamos para São Paulo. E como não poderia deixar de ser, fomos recepcionados com uma chuva daquelas... (descobrimos depois que os ventos em Cumbica chegaram a 105 Km/h apenas 10 minutos após nossa segura aterrissagem).

No final de semana, os computadores do hotel resolveram cair na preguiça. Já em casa, fica melhor contar as últimas emoções argentinas.

O sábado foi dedicado às caminhadas pela cidade. Buenos Aires é grande, sim, mas nada comparada à imensidão paulistana. Se você quiser conhecer a região da Calle Florida - o calçadão que reúne galerias, lojas e camelôs vendendo penduricalhos a céu aberto -, pode preparar a máquina para tirar belas fotos no topo da Plaza San Martín.

Ali estão os Monumentos ao General San Martín e o Museo de Armas, com sua fachada imponente e bela. No meio da praça, a flora torna o lugar ainda mais charmoso. A mescla de verdes, marrons e roxos deixará suas fotos ainda mais encantadoras.

Da "varanda", vê-se a Torre dos Ingleses e a Estação de Trem Mitre logo ao lado. Mais embaixo, está o porto do Rio da Prata e as linhas de trem que levam passageiros cansados de volta para casa (ou rumo a outro passeio inesquecível).

Depois de saborear as delícias dessa visão magistral, caminhe pela Calle Florida, tome um café no Havana de alguma esquina (e não se esqueça de provar as Coronitas!) e prepare-se para conhecer a Casa Rosada. Porque depois da curiosidade geral em fazer-se presente no portão da pequena e decepcionante Casa Branca, as pessoas geralmente querem ver como é a Casa Rosada. E isso é um capítulo a parte (leia aqui).

Mas voltando ao roteiro. Logo no final da Florida (que não tem mais do que 5 quarteirões), você chegará à praça da Casa Rosada (a dita cuja). E ali encontram-se também a Catedral Metropolitana, o Cabildo e a sede do Banco de La Nación. Além disso, uma ou outra manifestação política vai chamar a sua atenção. Se você for para lá até o ano que vem, aliás, vai se deparar com mil protestos pelas ruas da capital. Em ano político, o argentino sacode a poeira e hasteia as bandeiras, praticando a esperança de dias melhores.

Para a noite, escolha um dos restaurante que ficam em La Recova, ao lado do Four Seasons. É uma região revitalizada da cidade, embaixo de um viaduto. Deixe-se surpreender por esse cantinho aconchegante, onde estão os restaurante mais chiques de Buenos Aires.


sábado, 27 de novembro de 2010

Compras e cultura, ou o contrário?

As andanças por aqui no primeiro dia foram intensas. Primeiro, corremos para os outlets. Porque há uma regra básica a ser aprendida em tempos de crise financeira: os brasileiros estao à solta, com a carteira repleta de pesos, loucos para esbanjar a veia consumista e levar para a casa caminhoes de mercadorias.

Parece coisa de muambeiro, mas nao é. Em Villa Crespo as lojas de marca estao de portas abertas para receber os turistas que falam português por todos os lados. Na loja da Lacoste, por exemplo, deve-se chegar bem cedo. Caso contrário (sim, nós caímos nesse erro), você vai se deparar com maos enlouquecidas vasculhando as pilhas e mais pilhas de camisas coloridas. Para levar um jacaré pela metade do preço em relaçao às lojas brasileiras, exercite a paciência. Nada de procurar por cores e tamanhos exatos.

Já nas demais lojas de marcas conhecidas, nada de muito excepcional. O que vale a pena mesmo é bater perna pelas floridas ruas da capital (aqui estamos na época do ipê roxo, que enfeita e embeleza ainda mais os ares menos promissores nessa ponta do continente) e buscar nas lojas uma oferta boa ou produtos com qualidade e preço animadores.

Para a tarde, é hora de city tour. O almoço acontece no restaurante Status, especializado em cozinha peruana. O prato da vez? Ceviche! Provar a iguaria nos deixa perplexos: quem descobriu e tornou famoso o peixe cru marinado em leite de tigre?

E nao é que o negócio é gostoso?! Nos deliciamos com uma porçao e pagamos só 35 pesos (cerca de R$ 15.00 - no restaurante mais famoso do Brasil paga-se R$ 100,oo, em média). O Status fica a apenas uma quadra da praça do Congresso, na Rua Virrey Cevallos, 178.

A próxima parada, entáo, será o Congresso e a praça em frente. Logo depois, seguimos pela Av. de Mayo até chegar ao Café Tortoni para tomar um sorvete e nos refrescarmos. A casa é típica e super antiga (confiram, em breve, na videoreportagem). Só nao peça a Merenguera, forte e nada saborosa. Prefira um sorvete tradicional e bom apetite!

Mais adiante, chegamos à 9 de Julio, a avenida mais larga do mundo (segundo os argentinos e sua mania de grandeza com seu país). E o passeio termina no Obelisco, marco da cidade.

Para a noite, nada melhor do que visitar o Puerto Madero e refestelar-se com uma bela e cheirosa parrilla em um de seus restaurantes.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mi Buenos Aires querida

A viagem começou!

Para quem pensava que de Sao Paulo até Buenos Aires era um pulo, a viagem durou uma eternidade. Para sair da cidade, debaixo de uma chuva torrencial (com direito a grandes pedras de granizo salpicando o carro do paciente taxista), foi preciso 1 horas e meia.

Depois, mais 2 horas de espera no aeroporto (incluindo alguns longos minutos já acomodada na poltrona). E, enfim, partimos para a capital argentina.

O mais engraçado é que, durante o vôo, tivemos a sensaçao de que o aviao ia muito mais devagar do que poderia. Depois de atravessar as típicas nuvens paulistanas, carregadas e escuras ao anoitecer, logo vimos o céu se abrir e mil estrelas nos brindaram com uma bela noite a centenas de pés de altitude.

Na chegada, após 8 horas (¡) de viagem - será que de ônibus vínhamos mais rápido? -, nos permitimos uma parada no Duty free, para conferir se a festa do consumismo está garantida por aqui, onde nosso estimado Real vale 2,20 pesos. Mais um tempo buscando as bagagens, fazendo o câmbio no guichê do Banco de La Nación, e lá fomos procurar um táxi.

Enfim, estamos prontos para enfrentar a maratona turística em três dias e algumas horas na bela Argentina. E para nos divertirmos com os chiliques dos cidadaos que tanto nos amam...

Ah, só para avisar: no teclado espanhol nao há til. Assim sendo, seguimos sem o acento gráfico.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estava despretensiosamente lendo a "coluna social" de um jornal, quando me deparei com a seguinte nota:

Águas internacionais

Para animar seu fim de semana. Entre no Google Maps e clique em "como chegar". Depois, escreva Japão como ponto de origem e China, o destino. Leia o que diz a parada número 43 da rota. Nem Amyr Klink faria melhor.

Logo fiquei curiosa. O que o Google teria indicado no passo 43?

Pois hoje joguei as coordenadas na página de busca e aí está a indicação mais exata do planeta:


Ainda não tenho um jet ski, e o próximo destino do Pelo Brasil, Pelo Mundo não fica do outro lado do mundo.

Sim, estamos preparando as próximas reportagens da série Um dia em... E dessa vez vamos desembarcar na terra dos hermanos para mostrar as dores e as delícias de visitar Buenos Aires.

Dores porque o Brasil lamentavelmente perdeu seu último amistoso contra nossos arqui-inimigos futebolísticos. Delícias porque o churrasco deles é um dos melhores mesmo, a cidade é linda e o Real vale muito mais.

Já com o bilhete em mãos, fui checar no Google Maps como poderia ir a pé até lá. Mas, nem no mundo virtual poderíamos compartilhar um espaço amistoso:


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paul invade o Morumbi

Lembra daquela história do Glauber Rocha: uma câmera na mão e uma idéia na cabeça?

Foi com essa premissa que eu dei minha estimada filmadora para que meu pai fizesse um relato emocionado da apresentação de seu maior ídolo no Brasil. Tudo filmado e condensado em alguns minutos...

Sim, Paul McCartney esteve em São Paulo e nós tivemos a sorte e o prazer de ver sua carismática performance no estádio do Morumbi. O ex-Beatle mostrou a que veio. Confiram!


domingo, 21 de novembro de 2010

Dicas para hoje

Eu estava aqui pensando no texto para hoje. O final de semana em Guaratinguetá reserva surpresas menos pirotécnicas do que alguns minutos em São Paulo, é claro.

Então, quem está ansioso para aproveitar mais um domingo bonito (pelo menos aqui, o sol está brilhando forte) pode aproveitar as dicas dessa "agenda" que eu montei com a programação do feriado que passou (eu sei, o feriado foi intenso e deixou saudades - por isso ainda não consegui me "libertar" dele...).

Sexta-feira, 12 de Novembro

15:oo horas - Bienal de Artes, gratuita e repleta de atrações

19:00 horas - jantar na Avenida Paulista. Tem Ráscal na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, nº 585; tem o fast food Rizzo no Top Center, onde há várias outras opções; tem o Shopping Paulista...

22:00 horas - show no Citibank, ou em alguma outra casa da cidade. E hoje tem Paul McCartney no Morumbi, imperdível!

Sábado, 13 de Novembro

21:00 horas - barzinho por aí com os amigos. Fui ao Opção, que fica ao lado do MASP. Apesar de charmoso, o serviço é muito ruim. Esse eu não recomendo.

23:00 horas - festa na Rua Augusta, para entender que a noite de São Paulo pode ser muito mais rica do que as famosas Berlim, Amsterdã, Londres...

Domingo, 14 de Novembro

16:00 horas - Parque da Independência com show grátis de Norah Jones

20:00 horas - bar na Vila Madalena, boa pedida para um domingo "normal". Mas lembre-se que a lei do PSIU limita o horário da festança e os bares costumam fechar à 1:00 hora.

23:00 horas - Pau-Brasil, um lugar pequeno, simples, aconchegante até demais! Na entrada não se dá nada pela festa que rola lá dentro e muito provavelmente será inesquecível. Perfeito para ver que os paulistanos sabem ser cordiais e hospitaleiros, assim como os mineiros gente fina.

Segunda-feira, 15 de Novembro

15:00 horas - Avenida Paulista e redondezas. Dá para tomar um café no Starbucks da Alameda Santos, nº 1054; conhecer as lojinhas da Rua Augusta; comer um quitute na Bella Paulista, localizada na Rua Haddock Lobo, nº 354.

21:00 horas - cinema! Assisti ao francês Eu matei minha mãe, no Belas Artes. Mas você pode escolher outras inúmeras fitas para aproveitar o finalzinho do domingo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Domingo de festa com Norah Jones

A festa de domingo já estava marcada na agenda há semanas. Em turnê pelo Brasil, a cantora americana Norah Jones fez uma apresentação grátis no Parque da Independência, em São Paulo. O melhor de feriados comemorativos na capital é isso: eventos grátis espalhados pela cidade. Geralmente acontecem no aniversário - 25 de Janeiro -, na comemoração da Revolução de 1932 - 09 de Julho -, no 07 de Setembro, 15 de Novembro, 20 de Novembro... Enfim, as datas são lembradas com muita gente reunida para participar e vivenciar um espetáculo gratuito em algum ponto da megalópole.

No ano passado, eu havia visto o cantor Andrea Bocelli se apresentar no mesmo local. Agora, levei duas amigas de Minas Gerais para completarem o time de quase 18 mil pessoas que estiveram no parque em frente ao Museu do Ipiranga e aproveitaram o ensolarado domingo deitadas no gramado, ao som da bela voz de Norah. Confira a videoreportagem!

sábado, 13 de novembro de 2010

A boa pedida da noite

Para a noite de ontem, queria boa música, em boa companhia. Vagando pelos sites que mostram a programação na capital, encontrei uma ótima pedida: o Baile do Simonal. Um amigo havia adorado o show de Wilson Simoninha e Max de Castro na Virada Cultural e fez a recomendação na época. Agora, os dois voltaram para uma apresentação extra em São Paulo.

Não havia como resistir. O ingresso tinha preço excelente, era fácil chegar no lugar da apresentação e o horário era perfeito. Então, lá fui eu passar uma noite cheia de surpresas, típicas desse mundão de meu Deus que é do tamanho de uma ervilha. Logo na fila para comprar o ingresso, uma mulher veio toda tímida perguntar se eu queria um assento na Mesa Vip. Sim, na primeira fila, para ficar bem na frente do palco... E ela me deu o ingresso de graça!

Depois de me sentar e ver que ganhei o melhor lugar (atrás da mesa reservada somente para o dono da casa de shows), outra estripulia do destino. Logo na mesa ao lado, minha tia e suas amigas esperavam ansiosamente que as cortinas se abrissem. Do outro lado, a atriz Denise Fraga também aguardava o começo do espetáculo acompanhada do marido e da família. No final das contas, ela virou parceira das meninas que ficaram na "minha" mesa e puxou o bonde para que todos se levantassem e soltassem suas feras em uma noite de tributo ao eterno Simonal.

Quem perdeu esse show tem a chance de vê-lo em DVD; pode esperar a agenda do próximo ano; ou assistir a esse pequeno techo que eu gravei para o Pelo Brasil, Pelo Mundo.

Um dia num feriado em SP

Desde que vim morar em São Paulo, nunca havia ficado por aqui em um feriado cheio de programações divertidas. No dia de finados a cidade não ofereceu muita coisa boa... Mas na comemoração da proclamação da República parece que a agenda ficou pequena para tantos eventos.

Assim sendo, resolvi fazer diferente. Ao invés de investir em uma videoreportagem sobre algo bacana, preferi contar o que fiz e deixar a dica para quem não pode viajar nos feriados ou para aqueles que moram em cidades próximas e gostariam de aproveitar a rica eferverscência cultural daqui.

Bienalize-se

Ontem foi dia de cultura pura em dose dupla. Durante a tarde, visitei a 29ª Bienal de São Paulo, que traz artistas do mundo todo para expor suas obras. Lá estão Nuno Ramos, Gil Vicente, Ai Weiwei, Paulo Bruscky, entre tantos outros que figuram como os nomes mais importantes no circuito artístico mundial.

Para aproveitar aos clássicos, ter a oportunidade de vivenciar as instalações mais comentadas e aplaudidas dos últimos tempos, eu recomendo fazer o passeio pelos quatro andares recheados de arte com a edição de setembro da Revista Bravo, que traz três roteiros bem montados para uma volta pelo pavilhão.

Claro que em 3 horinhas não eu tempo de ver tudinho de tudo. Mas dá para sentir a Bienal e ficar com aquele gosto de "quero mais!".

Se você gostou da idéia e pretende conferir a mostra, preste atenção na obra censurada e já exposta do argentino Roberto Jacoby. Será que faz sentido tanto barulho em torno de sua "militância política"?



A imagem de Dilma influenciaria os eleitores a escolhê-la como candidata.


O painel traz a imagem de Serra e Dilma, lado a lado.

Correndo contra o tempo

O conceito para a obra Escapement, do Raqs Media Collective, brinca com a fama de cidades espalhadas pelo mundo real, e por aquele que habita nossa imaginação.

Como é São Paulo?

Como é Buenos Aires?

E Macondo?

27 relógios mostram o tempo do planeta

Marca-passo

Tatiana Trouvé tem a bela instalação 350 Points towards Infinity, proibida para quem tem marca-passo devido ao campo magnético criado pela obra.

Visitantes observam a obra

Confira a lista completa de participantes e um pouco da história de cada arte dessa edição da Bienal no site oficial.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MediaOn - Vida longa aos jornalistas!

O 4º Seminário Internacional de Jornalismo Online, realizado pelo TERRA e pelo ITAÚ Cultural, com apoio das redes CNN e BBC Brasil, acontece de 09 até 11 de Novembro em São Paulo. O objetivo do encontro entre profissionais que trabalham com mídia e estratégias de comunicação, principalmente no ambiente digital, é debater o impacto das novas tecnologias para o exercício do jornalismo. Ou seja, como fica e qual lugar o jornalismo ocupa dentro de uma sociedade que vive um período novo e desconhecido em meio ao avanço tecnológico e às novas possibilidades que surgem (em relação a formatos, meios, produção de conteúdo, interação com os públicos).

No segundo dia do evento na sede do ITAÚ Cultural, localizado na Avenida Paulista, os debatedores premiaram os jornalistas com uma avaliação mais do que otimista em meio ao caos do desenvolvimento das relações humanas: os jornalistas ainda têm muito trabalho pela frente.

Fugindo à regra de produzir uma reportagem sobre os quatro painéis de hoje, preferi selecionar as frases que considerei mais interessantes. No vídeo você pode assistir a um "melhores momentos" dos participantes do encontro.

Os tablets serão a salvação do jornalismo? Como podemos cirar um fetichismo por essas novas ferramentas?

Alberto Cairo, diretor de infografia e multimídia da Revista Época


O tempo é tirano. Se antes tínhamos informação escassa e tempo abundante, hoje vivemos a exata inversão desses valores: excesso de informação e cada vez menos tempo para consumi-las. Se antes a população vivia na área rural, agora se prevê que 70% da população mundial seja urbana em 2050. Nós vivemos uma crise de sentido.

Em meio à transformação dos hábitos culturais, como os jornais vão entender a mudança de comportamento e consumo das informações? Acredito que as organizações midiáticas produzem coisas que não têm a ver com a vida cotidiana das pessoas e a forma que conhecemos de notícia vai morrer.

O jornalismo era um grande banquete; hoje, é oferecido em pílulas e virou comida de astronauta. As pessoas perdem tempo em diversos momentos no dia-a-dia e os jornalistas precisam usar essa oportunidade disponível pelos tempos mortos para conquistar a atenção dos públicos. As informações estão servindo para tornar nossa vida melhor?

Pablo Mancini, gerente de serviços digitais do Grupo Clarín




No princípio, o eleitor recebi informações da mídia de massa e dos programas apresentados pelos candidatos. Agora, há um terceiro bloco formador de opinião: a possibilidade dos eleitores se expressarem nas mídias digitais. E nós temos que aproveitar as oportunidades da construção coletiva de informação nesse novo ambiente, expandindo a possibilidade da cobertura colaborativa.

Quanto às campanhas políticas, achava que eram politizadas.

Marcelo Branco, coordenador da estratégia nas redes sociais da campanha de Dilma Rousseff


Apesar da internet oferecer um espaço muito maior para distribuição de informações e conteúdo, só vai atrás disso quem já estiver interessado e engajado. Ela funciona como um ponto de encontro para os militantes que nunca encontrariam espaço onde se sentissem confortáveis para fazer a militância.

Ao longo da campanha, fui acreditando mais no poder e na influência da internet sobre os eleitores. Mas ainda acho que as pessoas são muito mais influenciadas por pessoas próximas na hora de escolher um candidato para dar o seu voto.

Soninha Francine, responsável pela campanha presidencial de José Serra na internet


O mais importante em uma campanha política é que ela não entre na provocação do ódio entre os candidatos. Temos que preservar a liberdade e a neutralidade da internet, que estão ameaçados e podem sofrer censura dos poderes públicos. Em relação aos meios digitais, acredito que cada vez mais o e-mail é uma ferramenta em extinção.

Caio Túlio Costa, coordenador da área de mídias digitais da campanha presidencial de Marina Silva




Cria-se cada vez mais uma cultura participativa, onde as barreiras para expressão de idéias e engajamento cívico são muito menores. E os espaços de afinidade dentro das mídias sociais é mais compatível com a idéia de liberdade de expressão que vivemos em busca. Dentro desse cenário, as marcas viram biosferas.

Abel Reis, presidente da AgênciaClick Isobar


As pessoas passam a conversar entre si, independente do que quer ou diz as marcas e seus anúncios. Muitas vezes, as nanoaudiências pautam a grande mídia.

João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da FIAT


Vivemos um dilema: devemos anunciar e investir em publicidade na grande mídia ou privilegiamos os pequenos meio de comunicação?

Carlos Werner, diretor de marketing corporativo da SAMSUNG


O profissional de comunicação é igual ao surfista: ele tem que ter o talento de saber pegar a onda quando ela está se formando, se não fica para trás.

Sérgio Valente, presidente da agência DM9DDB




O que as redes de notícias podem contribuir com as redes sociais?

Julian Gallo, diretor de criação do site do governo da cidade de Buenos Aires


Podemos usar as redes sociais para pesquisa, compartilhamento de conteúdo, monitoramento do que as pessoas estão falando e busca de audiência para o nosso conteúdo.

Matthew Eltrigham, editor da BBC

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Alguns dias no Pantanal

O empresário Olacir Cantarero conta como foi passar 15 dias viajando pela região pantaneira. Ele estava acompanhado de um grupo de amigos: eram 10 carros totós pick-up a diesel. As fotos ilustram muito bem mais uma aventura da Expedição Pantanal. Que tal embarcar também nessa viagem?

O PANTANAL

Por Olacir Cantarero

Meu nome é Olacir Cantarero, tenho 47 anos, sou empresário e vou ser bem sucinto quanto à expedição que fiz ao Pantanal de 8 à 16 Outubro de 2010.

Esse ano resolvi dar um presente de aniversário diferente para mim: em pleno dia 12, estava no meio do Pantanal. Eu e um grupo de amigos saímos do Posto do Gugu, da Rodovia Castelo Branco (SP), por volta de 8 horas da manhã do dia 8. A primeira etapa da nossa viagem foi até Campo Grande (MS), onde dormimos em um hotel. No dia seguinte, levantamos para o café da manha às 7 horas e saímos para o próximo destino: Coxim, a 416 quilometros.

Quando chegamos à cidade, nos dividimos para comprar o que era necessário para enfrentar os 600 Km de Pantanal. Ao meio-dia nos encontramos em um restaurante, almoçamos e lá fomos nos embrear no meio de florestas, fazendas, bichos e alagados da região pantaneira.


Eu estava muito confiante e tranquilo, pois tínhamos no nosso grupo o Giboty e o Rene, que já está muito acostumado com a região; sem falar no James, muito apto no GPS (ele pegou o mapa das fazendas da região e nos levava de fazenda a fazenda - em cada uma delas íamos perguntando onde ficava a próxima).

Na hora do almoço nós parávamos para fazer um lanche. Ao anoitecer, acampávamos sempre na beira de um rio para tomarmos um banho e fazer o jantar - aliás, o Giboty era o nosso cozinheiro de primeira qualidade!

O único acampamento com uma infra-estrutura maior foi na Quatro Cantos, uma fazenda turística muito agradável. Depois de seis dias chegamos em Corumbá, a Capital do Pantanal. Lá dormimos e, no dia seguinte, fomos para a Bolívia. Essa parte da viagem não valeu muito a pena, pois conhecemos uma cidade suja, sem nada.

Ao meio-dia nos reunimos, almoçamos e retornamos para Campo Grande, onde passamos mais uma noite. Logo no dia seguinte já estávamos de volta a São Paulo. No total, rodamos 3000 Km e valeu a pena: o visual é incrível!

domingo, 31 de outubro de 2010

Vida real

Duas visitantes assíduas do Pelo Brasil, Pelo Mundo se conheceram, enfim, na vida real. Maria José vive em Braga, Portugal, e enviou notícias durante toda a Copa do Mundo. Agora, conta como foi seu encontro com Solange, que mora em Guaratinguetá, interior de São Paulo.

Parece que a transposição de uma amizade virtual para a realidade deixou as duas muito emocionadas. Tomara que esse seja o começo de uma longa convivência.


Por Maria José, direto do velho continente, em português de Portugal

O que poderá haver em comum entre duas cidades, situadas em continentes diferentes?

Guaratinguetá (no Brasil, Centro, Estado de São Paulo)

Braga (em Portugal, Norte, Região do Minho)

Foi o que vieram a descobrir "duas amigas virtuais", que há dois anos começaram a trocar mensagens e informações pela Internet.

Até que, no passado dia 22 de Outubro, conheceram-se pessoalmente. O encontro foi em Braga, pois a amiga virtual de Guaratinguetá veio de férias a Portugal.

A amiga de Guaratinguetá é vizinha de uma prima da amiga de Braga e foi assim que se deu o primeiro passo para esta comunicação virtual que, com o passar do tempo, se foi acentuando e reforçando, pois havia muito em comum: interesses, ideais, conhecimentos.

Apesar da distância física, tornaram-se amigas e confidentes e concretizaram a vontade de se conhecerem pessoalmente, ficando a promessa de férias em comum no próximo ano.

Nesta oportunidade, a amiga de Portugal ficou a conhecer a história de Frei Galvão, o primeiro santo nascido no Brasil (em Guaratinguetá), e recebeu de presente uma imagem do Santo e um terço.


A amiga do Brasil ficou a conhecer a cidade e a Igreja Sé de Braga, que é o templo católico mais antigo de Portugal, e é por isso que usamos a expressão popular "é mais velho que a sé de Braga", quando queremos falar que uma coisa é antiga.

Com o aparecimento da Internet – a rede mundial de comunicação – e a sua utilização generalizada, surgiram oportunidades de comunicação de uma forma económica, rápida e cómoda, adequadas ao ritmo da vida actual.

E este é um exemplo de que, se a Internet for usada de forma consciente e responsável, torna-se um recurso importante para a comunicação, com o qual podemos criar oportunidades que melhorem as nossas condições de vida.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

34ª Mosta Internacional de Cinema de São Paulo


"O domingo (24/10) no parque do Ibirapuera reuniu mais de 12 mil pessoas para a espetacular e histórica projeção do filme “Metrópolis”, de Fritz Lang (1927), em cópia restaurada e em primeira exibição na América Latina. A projeção foi acompanhada pela Orquestra Jazz Sinfônica, conduzida pelo maestro João Maurício Galindo. A projeção foi feita na parte externa do Auditório Ibirapuera que tem abertura de seu palco voltado para o parque. "

Assim está escrito no site Jornal da Mostra, que divulga as informações a respeito da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. E eu tive o prazer de estar lá, no Parque do Ibirapuera, em uma noite fria de domingo, vendo por alguns minutos aquele espetáculo a céu aberto.

Espetáculo não só pela ideia de projetar um clássico do cinema na parede branca do Auditório; espetáculo não só por descobrir como as pessoas assistiam aos filmes no cinema mudo acompanhado por orquestra. Espetáculo porque eram 12 mil pessoas concentradas, caladas, com os olhos e os ouvidos atentos ao que acontecia naquele momento, no meio da metrópole paulistana.

Está certo, presenciei o momento por apenas alguns segundos. Estava vindo de uma viagem ao sul de Minas Gerais e, passando pelos portões do Parque, decidimos (eu e meus pais) parar saber o que estava acontecendo. E o que aconteceu foi uma manifestação pública de como uma pequena multidão pode admirar um avento a céu aberto, público, democrático... E tudo sem dar um pio, sentadinha, sentindo o prazer de ter estado ali.

A organização da Mostra de Cinema e todas as pessoas que foram até lá estão de parabéns. Espero que outras oportunidades venham em breve.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um dia em Jundiaí (SP)

Por Débora Nobre

Passamos uma tarde ensolarada no Parque da Cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, e mostramos nessa pequena reportagem o que descobrimos por lá!


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um dia em Florianópolis

Por Débora Nobre



Aproveitamos o feriado para conhecer as maravilhas de Florianópolis. E acho que conseguimos mostrar exatamente o que o Francisco, nosso guia durante o passeio, disse: "aqui as pessoas correm o sério risco de serem felizes!".

sábado, 2 de outubro de 2010

Alguns dias no Salar de Uyuni, na Bolívia

Na reportagem da jornalista Nara Mourão você vai descobrir os encantos de um passeio pelo maior deserto de sal do mundo: o Salar de Uyuni, na Bolívia. Boa leitura!

Entre o céu e o sal
Por Nara Mourão

Onde começa o céu e onde termina o chão? O Salar de Uyuni, o maior deserto salgado do mundo, impressiona o olhar dos incautos e dos que pensam já ter visto tudo. Os guias locais afirmam convictos que o artista catalão Salvador Dalí foi um dos visitantes que passou pela Bolívia e se encantou por aquele trecho do altiplano andino. “Surreal!” deve ter sido o comentário de Dalí diante da imensidão branca de 12 mil quilômetros quadrados.

Há 40 mil anos o Salar era um mar interior chamado Lago Minchin. Parte do lago secou formando os desertos de Uyuni e Coipasa, a outra teve como remanescentes atuais os lagos Poopó e Uru Uru. A porta de entrada do Salar é o povoado de Colchani, seus moradores vivem da extração do sal, são 25 mil toneladas retiradas todo ano. O sal é utilizado na fabricação de tijolos e matéria-prima do artesanato vendido aos turistas.

A cidade de Uyuni é o ponto de partida do passeio. Existem diferentes maneiras de conhecer o Salar, em carro alugado, particular ou via agência de turismo. A tração nas quatro rodas e guiar junto a uma frota são alguns dos pré-requisitos, já que não existem estradas oficiais e andar em círculos no deserto é mais fácil do que parece. Quem se aventura a conduzir no Salar, não o faz sem muito preparo anterior.

As agências são a opção da maioria dos viajantes. Existem pacotes curtos que restringem o passeio ao deserto de sal (duram um dia) ou pacotes clássicos, como o que cruza o Salar e termina em São Pedro de Atacama, no Norte do Chile (3 dias e 2 noites). Este trajeto contempla uma série de formações naturais que povoaram nossos livros de geografia e ajuda a acabar com a supremacia imaginária - dos turistas, diga-se de passagem - da lhama como único animal andino. Flamingos, vicunhas, alpacas e o coelho vizcacha preenchem o olhar com o novo.

Que esses animais não saibam o cardápio do primeiro almoço no cenário de cáctus da Isla del Pescado, uma das paradas em meio ao deserto. Segundo o guia-motorista-cozinheiro do meu grupo, autodenominado Charles Bronson por uma forçada semelhança física com o ator de faroestes, a carne que cozinhava desde cedo na parte de cima do carro era de lhama. Quando já estávamos abrigados na primeira hospedagem e Bronson, El Matador (inofensivo como uma alpaca) sugeriu que o frango fosse um delicioso flamingo comecei a colocar em xeque metade das altitudes que ele informava a cada 15 minutos percorridos.

O dia seguinte tem como gratas surpresas as lagunas altiplânicas, o terroso deserto do Siloli e uma formação curiosa que se assemelha a uma árvore moldada em pedra, a Árbol de Piedra. Ao longe, vulcões contribuem com a beleza do cenário. El Matador nos explica que esses montes ajudam na orientação devido à ausência de estradas e de um GPS. A segunda noite é num abrigo bastante precário dentro da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Para compensar a inevitável falta de banho e o banheiro abaixo da crítica, delicie-se com a visão da Laguna Colorada e suas tonalidades que vão do marrom ao vermelho intenso, rica em microorganismos e flamingos.

No último dia, um conjunto de gêiseres logo ao acordar. A manhã começa com cheiro de enxofre e gosto de novidade. A mais de 4 mil metros de altitude, a Laguna Verde, fruto do magnésio das suas águas é o prato principal do café. No terceiro dia também é possível um banho em piscinas naturais bastante quentes (apesar de todo frio). Para sair da Bolívia, uma estranha taxa de 21 bolivianos é a propina para ter o passaporte carimbado. O destino agora é São Pedro de Atacama, ponto de partida para um deserto não menos repleto de histórias. Seguimos com as bênçãos de El Matador que retorna ao seu faroeste de sal.

Dicas:

Também é possível conhecer a região iniciando o passeio em San Pedro do Atacama. Ou, ainda, retornar a Uyuni no 3º dia sem entrar no Chile.

O ideal é chegar a Uyuni um dia antes do passeio para fazer os acertos com a agência, ter tempo de conversar com turistas recém-chegados do percurso, comprar água, papel higiênico, e “belisquetes” para comer no deserto enquanto a refeição seguinte não vem. A cidade é apenas um lugar de passagem, portanto não perca tempo por lá.

Vale pesquisar bastante sobre a agência, condição dos carros e motoristas antes de fechar o pacote. Essa busca pode começar antes da viagem, via Internet e conversando com pessoas que já estiveram lá.
Os jipes levam até 6 passageiros na travessia e serão esses os seus parceiros de quarto nas duas noites seguintes.

Na época de chuvas, de dezembro a março, o passeio fica muito mais perigoso devido a inundações e exige uma habilidade muito maior do condutor. Em compensação, a chuva forma um espelho d´água que reflete o céu e deixa o cenário ainda mais deslumbrante.

Itens obrigatórios:
Protetor solar e óculos escuros são itens obrigatórios no Salar. O sol refletido na brancura do solo pode causar queimaduras e danificar a visão.

A vacina contra a febre amarela é obrigatória para entrar na Bolívia. O cartão internacional deve ser obtido nos postos da Anvisa através da apresentação do cartão de vacinação nacional preenchido. Acesse o site e saiba onde fica o posto mais próximo de você.

Roupas de frio são essenciais. Apesar do sol, faz muito frio durante o dia e a temperatura cai ainda mais durante a noite. Saco de dormir é uma boa pedida.